Inflação em 2026: o que o brasileiro pode esperar
Com o fim de 2025, o mercado já projeta como será o comportamento de preços em 2026. A tendência geral é de inflação moderada, mas com pressão forte sobre itens essenciais — principalmente alimentação, aluguel e energia.
Em um cenário de juros ainda elevados no início do ano, especialistas acreditam que os preços podem desacelerar, mas não cair. Ou seja: a vida continua cara, mesmo com inflação menor.
Comida continua pesando mais
Por que os alimentos vão continuar subindo
A inflação de alimentos é influenciada por fatores que devem permanecer ativos em 2026:
clima irregular afetando safras dólar mais alto, que encarece fertilizantes custo de energia no campo transporte e logística
Mesmo com inflação controlada, produtos básicos tendem a continuar acima da média, como:
arroz feijão carnes leite e derivados frutas e legumes
💡 Impacto real: mesmo que a inflação caia, preços não voltam ao nível de 2022 ou 2023.
Aluguel: pressão deve continuar
O mercado imobiliário segue aquecido, especialmente nas capitais. Para 2026, o aluguel deve continuar acima da inflação média por três motivos:
demanda alta nas grandes cidades recuperação imobiliária pós-pandemia contratos ligados a índices mais altos
Com Selic estável ou em queda lenta, a compra de imóveis pode até se tornar mais atrativa, mas isso leva tempo para refletir no valor do aluguel.
💡 Dica prática: renegociar contrato pode ser mais barato do que mudar.
Energia e combustíveis
Energia elétrica
Os custos da energia são pressionados por:
bandeiras tarifárias repasse de investimentos uso de termelétricas em períodos de seca
Resultado: a conta de luz pode ter alta acima da inflação.
Combustíveis
O preço dos combustíveis em 2026 depende de duas variáveis:
petróleo no mercado internacional dólar no Brasil
Enquanto o dólar estiver forte, a tendência é de preços elevados.
Outros itens que podem subir em 2026
Planos de saúde
Custos médicos continuam aumentando acima da inflação.
Educação
Instituições repassam custos de tecnologia e estrutura.
Tecnologia e eletrônicos
Impacto direto do câmbio e das importações.
O que deve aliviar
Por outro lado, alguns pontos podem trazer alívio parcial:
recuo gradual de juros melhora das cadeias produtivas redução de custos logísticos desaceleração da inflação global
Isso pode segurar preços de eletrodomésticos, vestuário e produtos industriais.
Como proteger seu bolso em 2026
1) Relacionamento com dinheiro
Planejamento financeiro volta a ser essencial:
negociar contratos reavaliar gastos fixos cortar desperdícios invisíveis
2) Investimentos
Alternativas que protegem o poder de compra:
Tesouro IPCA+ CDB IPCA+ Fundos atrelados à inflação
3) Economia doméstica
compra planejada pesquisa de preço foco em produtos da estação energia consciente
4) Dívidas
Evitar:
rotativo do cartão empréstimos caros parcelamentos longos com juros
Conclusão
2026 não deve trazer um alívio imediato ao bolso do brasileiro. Mesmo com inflação mais controlada, o custo de vida segue alto, especialmente em itens que ninguém pode evitar: comida, aluguel e energia.
O desafio será manter o poder de compra, com foco em planejamento, renegociação e investimentos simples que acompanham a inflação.


